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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

REFLEXÕES SOBRE O ABORTO EM QUESTÕES DE VIDA OU MORTE


NÃO AO ABORTO, SIM A VIDA!

                                                                                  


O ato de sacrificar humanos em funções de uma crença religiosa ou mesmo de ideologias dominadoras sempre se fez presente na história do homem. Para os pagãos, em épocas anteriores ao cristianismo, os sacrifícios não somente de animais mais também de gente eram tidos como um valor simbólico em atos de uma espécie de reconciliação com o divino. Esses sacrifícios humanos são eticamente maus dentro da razoabilidade judaico-cristã. Matar pessoas é contra a natureza psíquica e espiritual do homem. Ninguém, que tendo uma maturidade sadia, livre e consciente, desejará morrer inutilmente. O ser homem foi criado para a vida e não para a morte. A morte é conseqüência do que chamamos de pecado. “Caim levantou a mão contra o irmão Abel e matou-o” (Gn 4, 8). Aqui se encontra, portanto, a raiz da violência, o ato contra a vida.

Com a presença do cristianismo na história, o ato sacrifical pagão de homens e mulheres é visto de forma negativa, pois, agora, o amor caritativo é a chave interpretativa do agir cristão. É o próprio Jesus Cristo quem testemunha esse amor, porque o Deus-cristão é amor. É Ele mesmo quem dá a vida porque somente a Vida em si pode se oferecer sem nenhuma condição. É o amor que supera o egoísmo, o ódio e toda atitude de manipulação dominadora.

Em tempos hodiernos, entra em cheque o problema do aborto. Não tanto o aborto natural ou espontâneo, mas aquele que é provocado em diversas formas e ocasiões. É um ato intrinsecamente mau porque intenciona “a eliminação deliberada e direta, como quer que se realize de um ser humano na fase inicial de sua existência, o qual vai da concepção ao nascimento” (EV 58).

Tanto a ciência quanto a religião procuram responder aos diversos questionamentos, a respeito do aborto consciente e livremente efetuado, de acordo com os devidos métodos científicos, em suas respectivas áreas. É verdade que existem casos que precisam ser examinados cautelosamente para serem postos em discussão. Porém, nenhum desses possíveis e pretensos argumentos deve justificar a eliminação do feto inocente, ao menos na comunhão entre fé e razão defendida pelos fiéis cristãos. Para estes, os fins não justificam os meios.

Aqui, merecem respostas as seguintes perguntas: o ser humano tem o direito de tirar a vida do seu semelhante, especificamente de um indefeso uterino, com a finalidade de “outro bem qualquer”? Não teria ele a capacidade científica de descobrir novos horizontes em favor da vida e não da morte, já que a ciência é um dom de Deus? E, quanto à fé: seria ela tão irracional e ingênua a tal ponto de não poder sustentar os elementos essenciais da moral e da ética em consonância com a verdade científica? Na realidade, “quando a consciência, esse luminoso olhar da alma (cf. Mt 6, 22-23), chama “bem ao mal e mal ao bem” (Is 5, 20), está já no caminho da sua degeneração mais preocupante e da mais tenebrosa cegueira moral” (EV 24).

O cerne da questão, entretanto, é encontrar em diversos argumentos apresentados pela ciência e pela religião a razoabilidade na verdade que sintetiza a união entre fé e razão. É bom lembrar o que o grande filósofo, Aristóteles, já dizia: “todo excesso implica uma falta”. É preciso evitar tanto o fideísmo ingênuo e míope quanto o racionalismo embevecido de prepotência intelectual. Quem ousa dissociar a fé da razão possivelmente cairá em caminhos emaranhados, obscuros e unilaterais em relação ao problema abordado. A ciência teológica e a empírica devem ambas buscar a verdade que não se deforma em tempo algum.

 É bom saber que para os cristãos católicos, existem verdades de fé que não podem ser abolidas em função de mero capricho intelectual de qualquer cientista ateu. Aquele que é o doador da verdadeira ciência não se contradiz destruindo o que Ele mesmo criou por amor. O aborto provocado, por exemplo, jamais será aceito pelos discípulos de Cristo, sejam os do passado, do presente e do futuro. “Reivindicar o direito ao aborto (...) e reconhecê-lo legalmente, equivale a atribuir à liberdade humana um significado perverso e iníquo: o significado de um poder absoluto sobre os outros e contra os outros. Mas isto é a morte da verdadeira liberdade: ‘ Em verdade, em verdade vos digo: todo aquele que comete o pecado é escravo do pecado’” (Jo 8, 34) (EV 20).

Por outro lado, quando alguém se coloca contra o aborto, por exemplo, não se deve negá-lo com argumentos meramente pragmáticos e utilitaristas (o útil e o agradável no sentido de buscar a sua própria satisfação pessoal e material), mas, antes de tudo, na defesa do maior dom que o homem recebeu: a vida. A vida é dom de Deus e ninguém tem o direito de tirá-la a não ser o Próprio que a deu. Neste sentido, pensar com a fé cristã Católica não é pensar pequeno. A Igreja, assim sendo, se coloca como aquela que foi desejada, amada e querida pelo seu fundador, Jesus Cristo. Por isso fala em consonância com Ele: o Caminho, a Verdade e a Vida (cf.Jo14, 6). Por isso, Ela sempre estará na contramão de uma sociedade que despreza a vida e os verdadeiros valores que dignificam o ser humano.

A vida é, portanto, dom que supera os muros do espaço e do tempo. Vida que faz ver no outro a semelhança do Deus de amor revelado em Jesus Cristo. Vida que cuida do bem dos indefesos, a começar por aquela primeira unidade que chamamos de zigoto; o ser humano de corpo e alma que se encontra em formação no útero de sua mãe. Que os homens e as mulheres busquem acolher, sem cessar, esse dom maior, o primeiro de todos os direitos humanos.

Por José Adeilton
3º ano de Teologia

Um comentário:

  1. Parabéns José, ficou muito bom seu texto, devemos defender mesmo a vida!!!!!
    Espero continuar lendo os seus textos!!!!
    Parabéns!!!!

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